domingo, 13 de dezembro de 2009

rotina

Sempre busco o lado complexo das coisas mais simples, e isso me mostra que nada é tão simples quanto parece, se olharmos de forma mais critica. Como andar de ônibus por exemplo, parece uma manobra simples, feitas todos os dias, sem nada de especial, não é? errado, entrando em um ônibus permanecemos ao lado de pessoas que nunca vimos, pessoas com diferentes aspectos sobre a vida, vareas pessoas no mesmo lugar mais com objetivos diferentes, pensamentos diferentes. Você nunca sabe quem é a pessoa que se senta do seu lado, e qual seu verdadeira intenção, onde vai, e o que está pensando. No ônibus podemos encontrar o próximo namorado, uma amizade inesquecivel, ou alguém que vamos odiar conhecer mais é ocio do oficio. Mais eu pergunto "temos essa chance?" a todo momento estamos fechados em um mundinho interno, com os ouvidos e os olhos tampados, com fones de ouvidos e olhares distantes, ignorando qualquer chance de termos nossas vidas mudadas por alguém, apenas deixamos nossos corpos no banco e saímos dali e viajamos na musica que nos leva para longe, o mais longe possível, estar ali e não estar é a mesma sensação. Comunicação verbal esta cada vez mais rara. Ontem eu estava em um ônibus e comigo mais 30 pessoas silenciosas mantiam seu olhar voltado para fora, e seus corpos se encolhiam e se encostavam no vidro onde ficavam por um tempo muito longo, apenas espirros faziam ruídos e logo o silêncio reinava novamente, notei que uma mulher que acabara de entrar sentou-se no primeiro banco vazio que encontrou, nervosamente se movia, seus olhos corriam acompanhando os carros, de repente se virou e começou a puxar assunto com alguém que estava ao seu lado, a pessoa se incomodou, tirou os fones e friamente respondeu a única pergunta que a mulher tentou fazer. Ali eu percebi que quanto mais o tempo passa menos as pessoas se comunicam, e talvez seja a hora de tirarmos os fones e olharmos ao redor, e fazermos da rotina uma uma maneira de sairmos da monotonia do dia-a-dia....

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